A existência de tabus sexuais nas comunidades indígenas brasileiras
CulturaO Brasil é um país bastante acostumado à cultura ocidental, prova disso é o estilo de vida de muitas pessoas nas grandes cidades. Mas não devemos esquecer que nosso país também é povoado por tribos indígenas. Desse modo, a abertura a novos costumes e crenças é notável em muitos lugares, no entanto, a força do catolicismo em nosso país faz com que a sociedade emane uma certa rejeição às práticas e comportamentos sexuais que ainda são considerados tabu.
Desse modo, certos comportamentos, inclusive o travestismo ou a homossexualidade, que vão além dos costumes estabelecidos pela igreja, continuam sendo discriminados. Mas, apesar disso, resulta possível evitar a continuidade da existência de homossexuais ou travestis em São Paulo que têm liberdade de expressarem a sua sexualidade da maneira que quiserem.
Claro, quando nos afastamos um pouco das grandes cidades brasileiras, encontramos várias comunidades indígenas pelas quais a sexualidade desempenha um papel importante em seu modo de vida. Aos olhos dos cosmopolitas paulistas, isso pode ser tão surpreendente quanto inusitado, mas a realidade é que a sexualidade indígena está afastada da religião ocidental, existindo em um universo totalmente próprio e alheio ao dos demais cidadãos.
A marca da ideologia ocidental nas comunidades indígenas
Para muitos, desde o seu início, a religião católica (assim como muitas outras) tem apresentado ideologias que podem ser consideradas racistas e homofóbicas, chegando mesmo a rotular a homossexualidade como um pecado. Dessa forma, os adeptos da religião católica são condicionados a seguir uma série de diretrizes se quiserem ter acesso ao paraíso, que é reservado apenas para aqueles que atendem a padrões morais mais próximos do político do que do espiritual.
Apesar disso, a tentativa da Igreja de implementar suas próprias normas morais têm falhado nas comunidades indígenas brasileiras que vivem isoladas daquele pensamento ocidental tão presente em muitas cidades de São Paulo. Claro, eles deixaram sua marca em alguns de seus membros, que agora consideram a liberdade sexual de suas tribos um tabu alienado pelas ideologias religiosas do ocidente que se estenderam através dos próprios missionários.
Consequências irreversíveis em comunidades indígenas
A introdução de ideologias religiosas ocidentais teve consequências irreversíveis nas comunidades indígenas do Brasil. Desse modo, em muitas dessas tribos nasceu um pensamento de rejeição à homossexualidade e ao travestismo que não existiria se não fosse pela inclusão dessas ideias que consideram tais práticas como algo antinatural e até diabólico.
Isso é algo que não acontece claramente em todas as comunidades indígenas. Muitas delas continuam praticando e desfrutando de relacionamentos afetivos entre pessoas do mesmo sexo, por entenderem que as relações íntimas não se destinam apenas à reprodução. No que diz respeito à sexualidade, o pensamento dos integrantes dessas comunidades é, em muitos casos, mais aberto do que em grandes cidades como São Paulo, onde inúmeras travestis ou gays continuam sendo discriminados pela sociedade em alguns casos.
É melhor não intervir nessas comunidades
Muitos especialistas concordam que a cultura ocidental não deve intervir, muito menos regular o comportamento da sociedade indígena do país. Uma sociedade em que a moralidade não intervém nas relações sexuais, mas sim na felicidades de seus membros.
Dar visibilidade a cultura indígena e suas práticas sexuais é vital não só para entender melhor o meio em que vivemos, mas para escapar dos estigmas morais que ainda hoje continuam sendo um empecilho para a comunidade LGBT nas grandes cidades do Brasil.